Lendo o psicólogo americano Jon Warshawsky, responsável pela área de pesquisas da Deloitte, uma das…
Por que geração mimimi? (parte 2)
O Brasil precisa urgentemente, como política nacional de defesa de um futuro possível, proibir que se diga aos mimizentos na escola e no trabalho, que a vida é fácil, que é sopa, que dinheiro se multiplica por cissiparidade nos caixas eletrônicos, que pais devem esfalfar-se até a última célula para dar vida boa e sem esforço aos filhos que pôs no mundo. Chefes não têm que criar zonas de lazer e felicidade perpétuas aos seus funcionários. Chamar um empregado de colaborador, não faz a tarefa ser menos obrigatória. Assim como a boa educação de um chefe, não o dispensa de pagar salário no final do mês.
Parece que estamos dando vida ao ditado que diz: “a quem Deus não deu filhos, o Diabo deu alunos, sobrinhos, funcionários e samambaias”. Ninguém forma uma família (pelo menos não deveria ser assim) para ser escravo dos filhos que gerou, tampouco uma empresa. Uma unidade familiar ou empresarial é criada como forma de perpetuação de uma ideia, com um propósito. De manutenção da vida nas famílias e de alcance de metas e lucro, nas empresas.
NÃO é uma palavra bonita, necessária, pedagógica e precisa ser dita. Vamos acabar com o império massacrante do “se não concordar comigo eu traumatizo”. A vida é um grande enigma, não é para ser fácil, é para ser jogada e para isso é necessário que as pessoas sejam ensinadas de que há um jogo e que ele tem regras e que todos que tiverem ciência disso poderão jogar e se dar bem. Não dá para fingir que é basquete, quando o jogo é futebol. Chorar e reclamar nas redes sociais não ajuda em nada. Viver é um risco, devemos ser ensinados a nos acostumar com isso.
O mercado de trabalho, com raras exceções no mundo público e nas ONGs, não está preocupado com a nossa felicidade, antes que mostremos a ele, o que sabemos e podemos fazer. O mimimi, além de inútil, é chato. Reparem todos que nossos mimizentos continuam estudando física por quatro anos em média e quando necessitamos checar o reator de nossa lâmpada fluorescente precisamos contratar um eletricista, em sua maioria, de formação primária e precária. Só que isso não parece importar para essa geração. O que é preciso ser levado a sério para ela, é se as escolas e as empresas mantêm a sua autoestima elevada. Reclamar por nada virou patrimônio imaterial dessa categoria mimizenta de gente.
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