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O que é teia de relacionamento? 

Teia de relacionamento

Uma máxima popular, antiga e bastante aplicada, nas pequenas comunidades, está se tornando a grande salvação para um sem-número de trabalhadores: “Você é quem você conhece”. Isso pode parecer sem sentido para muita gente, mas hoje, esse ditado até pouco tempo ignorado por quase todo mundo, reaparece de forma muito contundente com o nome de teia de relacionamentos ou, como querem alguns, como know who.

Se observarmos as pequenas comunidades, veremos que elas têm menos oportunidades de trabalho do que as grandes cidades. Isso é uma constatação óbvia. No entanto, o que todo mundo parece estar deixando de notar é que a vida dos pobres é bem mais fácil nas cidades pequenas, porque não há uma divisão física e estrutural da cidade entre ricos e pobres.

Poderemos encontrar num mesmo quarteirão um casebre e uma mansão, coisa impensável num grande centro, onde há bairros para milionários, bairros de classe média, de pobres e de miseráveis. Logo, ricos conhecem, estudam e trabalham com ricos e os pobres com os pobres. Claro, que será melhor nessa perspectiva, mas há outras.

Quando nos damos conta dessa realidade (a concentração de pessoas das mesmas classes num mesmo lugar), percebemos que a migração de uma classe para a outra é bem mais difícil nos grandes centros ou grandes empresas, se você só restringe seu relacionamento à sua casa ou, no caso das empresas, à sua função. Então gerentes andam com gerentes e operários com operários. Se todos os seus amigos são pequenos funcionários, no caso de haver necessidade de arranjar outra colocação, a pessoa sem grandes relações, normalmente conseguirá outra de mesmo nível ou ainda pior. Quem não tem bons relacionamentos, dificilmente conseguirá alterar a sua posição.

O que eu quero com isso é acordar as pessoas para que prestem atenção à teia de relacionamentos que elas estão desenvolvendo, dentro e fora do ambiente de trabalho. Não é uma questão de interesse, mas de sobrevivência. Há empresários que abrem as suas portas e esperam os clientes entrarem, como se fosse uma obrigação ou isso se desse por mágica ou sorte. Há aqueles que frequentam festas, vão a reuniões sociais ou escolares, enfim participam da vida da comunidade na qual estão inseridos, de modo a ampliar seus contatos com virtuais clientes.

Alguns patrões ingenuamente veem a amizade de seus funcionários com clientes como uma coisa nociva e não como a fidelização de um cliente por alguém que ele conheça na empresa. O marketing corpo-a-corpo normalmente tem o efeito de alicerçar os relacionamentos, mesmo os profissionais, estabelecendo vínculos emocionais.

Não quer dizer com isso que vamos fazer amizades apenas com interesses comerciais ou que vamos sugar nossos amigos para que comprem eternamente de nós ainda que não necessitem. A nossa marca pessoal sempre valerá mais quando as pessoas à nossa volta ajudarem nessa divulgação. Um passeio pelo quarteirão, cumprimentando os vizinhos, um cafezinho no bar ou um almoço de domingo pode nos valer o próximo emprego ou a nossa futura promoção.

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