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Inteligência social

Pesquisa sobre inteligência

Durante os anos 70 e 80 um grupo de cientistas americanos, liderados pelo psicólogo Howard Gardner, que é professor de Cognição e Educação, desenvolveu e comandou o Projeto Zero, um grupo de pesquisa em cognição humana mantido pela Universidade de Harvard.

O que esse projeto queria? Demonstrar e demonstrou que a escola deve valorizar as diferentes habilidades dos alunos e não apenas a lógico-matemática e a linguística, como é mais comum. São elas que os testes de Q.I medem, por isso mesmo esses testes são considerados ultrapassados e incompletos hoje.

Daniel Goleman – o pai da inteligência emocional

Os idealizadores do projeto, reconheceram, a princípio, a existência de sete inteligências e não apenas as duas que citei antes, hoje sabemos que são onze, entre elas, a última mapeada por Daniel Goleman, que justamente a inteligência social. Depois desse projeto, escolas e empresas passaram a explorar múltiplas atividades e saberes para formar e desenvolver pessoas multitarefas, que é justo o que o mercado de trabalho está pedindo.

Daniel Goleman, que também é psicólogo e doutor por Harvard e professor da instituição, primeiro refletiu sobre a possibilidade da existência de uma inteligência emocional, ideia que evoluiu para os estudos de uma inteligência social, ou seja, o homem, enquanto espécie, é um ser estruturado para ser gregário ou conectado para usar uma expressão do século XXI. Nós somos uma máquina feita para trabalhar em grupo. Quanto mais desenvolvemos essa capacidade, mais inteligência social teremos.

A inteligência e o nosso cérebro

Segundo o professor e conferencista americano, a neurociência descobriu que a estrutura concreta de nosso cérebro o torna sociável, independente de nossa vontade, ele nos leva a uma íntima conexão cérebro-a-cérebro sempre que nós interagimos com outra pessoa.

“Esta ponte neural nos permite ‘atritar’ nosso cérebro, e assim o corpo, com todo mundo com quem nós entramos em contato, da mesma maneira que eles fazem conosco. Mesmo nossos mais rotineiros encontros, são regulados no cérebro, iniciando emoções em nós, algumas agradáveis, outras não. Quanto mais conectados emocionalmente estivermos com alguém, maior será a força mútua”.

Uma vez entendido isso, poderemos trabalhar a forma como nos relacionamos e aprender mais com os resultados de nossas relações, como se fôssemos cobaias de nós mesmos. Entendendo nossas interações poderemos aprender a regular nossas emoções decorrentes delas.

Viver em grupo implica poder se relacionar com as pessoas, sem que cada contato, físico ou emocional, seja um tormento para os membros dessa comunidade. Quanto mais pudermos entender como as emoções resultantes desses encontros podem ser trabalhadas, mais proveitosos serão os resultados das tarefas produzidas por esse conjunto de pessoas. Somos, podemos e devemos ser seres sociais. Sem trocadilho, há muita inteligência nisso.

 

 

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